“O amor é a virtude por excelência, seja na Terra, seja noutras moradas do Grande Arquiteto do Universo.
Em razão disso, é a que mais se ajusta ao equilíbrio, sem o qual as suas expressões se perderão no lodaçal do apego ou da paixão tormentosa.
Na lide doméstica, portas a dentro do lar, muitas são as observações feitas em nome do amor, que não passam, em si mesmas, de acinte ou desconhecimento do que seja essa notável virtude”.
Algumas mentes atreladas aos conceitos passadistas, desses tempos de modismos, resolveram afirmar que o amor ao esposo, ao companheiro ou à companheira costuma durar e acabar, preludiando, essas vozes, a necessidade de desfazer-se a união, embasadas nessa idéia infeliz de que o amor se pode exterminar...
O amor é de tal modo excelente que, quanto mais um conhece o outro, mais detida e profundamente, identificando defeitos e hábitos enobrecidos, tanto mais ele se amplia, se aprimora, reinando grandioso e felicitando as vidas.
Verificamos, com um pouco mais de cuidado, que o que ocorre em tais casos, no grande número das vezes, é a mistura de sentimentos, de emoções, com as sensações comuns que se fazem bastante conhecidas nas lutas humanas.
Os contatos nos quais os indivíduos se encantam à primeira vista, ou nos quais a licenciosidade abafa as fontes de sentimentos mais dignos, que não encontram tempo de medrar, são responsáveis por essas ligações explosivas ou picantes, chamadas de ligações amorosas, quando não passam de liberações dos desejos e atendimento a carências de diversos teores, algumas delas bastante doentias.
O amor real, por manter suas raízes no equilíbrio, se vai afirmando dia-a-dia, por intermédio de uma convivência que se vai estreitando, estabelecendo maior e melhor identificação recíproca dos participantes dessa aproximação afetiva.
O amor, nascido de uma vivência progressiva e madura, não tende a acabar-se, mas, a ampliar-se, uma vez que os envolvidos passarão a conhecer os vícios e virtudes de um e de outro, manias e costumes que se expressam em clima de convivência normal. Os indivíduos implicados nessa conjugação sentimental terão tempo de se analisarem mutuamente e individualmente, verificando as próprias resistências ante os sonhos nutridos desde muito tempo, com relação a um alguém para a sua convivência.
Vemos que, fora os casos extremos de desajustes psíquicos de graves proporções ou dramas obsessivos desestruturadores ou, ainda, o desbordar de tendências más que explodem à tona da personalidade, por motivos diversos, o amor sempre se manterá, distendendo as suas dimensões.
O equilíbrio do amor promove a prática da justiça e da bondade, da cooperação e do senso de dever, da afetividade e advertência amadurecida.
O equilíbrio do amor faz com que a mulher não se torne objeto, nem o homem seja um joguete.
O equilíbrio do amor determina que a mulher, ao tornar-se mãe, não abandone o companheiro detendo-se apenas no filho, mas busque a sua participação, a fim de que, juntos, cuidem do rebento sem frieza, ciúmes ou desajustes outros no relacionamento.
O equilíbrio do amor inspira o homem para que ele não seja mero fecundador, estouvado ou indiferente à sensibilidade, que todas as almas devem cultivar, quer enverguem indumentária corporal masculina ou feminina.
O equilíbrio do amor desfaz todo prurido de discriminação de qualquer natureza, quando se trata de efetuar-se a marcha para o Grande Arquiteto do Universo.
Assim, nós que dizemos buscar no amor a motivação para os nossos caminhos terrestres, meditemos sobre isso e equilibremo-nos o quanto possamos, para que o nosso amor conjugal, filial, paternal ou fraternal possa refletir, ainda que à distância, o Amor do Grande Criador, que a todos busca pelos caminhos da evolução.
Vivamos e amemos, equilibradamente, sentindo as excelsas vibrações que vertem do Criador sobre as necessidades do mundo, sem nos deixamos levar pelas ideologias materialistas-ateístas, que já passaram da época, mas que prosseguem vitimando os indivíduos invigilantes ou banais, deslocando-os das alegrias do vero amor e impulsionando-os para as grandes e dolorosas frustrações.
Namastê!
Ad.
Por Ronaldo Adonai
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