Amuada-1882/Rodolfo Amuedo



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É polêmica a naturalidade de Rodolfo Amoedo. Há quem diga que ele é natural do Rio de Janeiro, outros que nasceu em Salvador, Bahia, no ano de 1857. O fato inconteste é que ele passou sua primeira infância na Bahia e foi de lá que veio para o Rio de Janeiro, em 1868, para estudar na Academia Imperial de Belas Artes -Ajba, onde tem aulas com Vitor Meirelles e Zeferino da Costa, entre outros.

Em 1879, ganha o Prêmio de Viagem à Europa, num concurso que contou também com a participação de Henrique Bernardelli. Em Paris, matricula-se na Académie Julian e na Escola Superior de Belas Artes.

Em 1887 retorna ao Brasil e expõe pela primeira vez no Rio de Janeiro, em 1888. É nomeado professor honorário da Ajba e leciona Pintura Histórica. Tem, entre seus alunos, Eliseu Visconti, Baptista da Costa, Cândido Portinari e Eugênio Latour.

Em 1893 é nomeado vice-diretor da escola que, proclamada a República, passa a se chamar, como até hoje, Escola Nacional de Belas Artes – ENBA; em 1931 é alçado à condição de professor catedrático honoris causa.

Quando estudante em Paris, entra em contacto com os grandes clássicos, frequentando, como todo estudante de pintura, os inúmeros museus para aprender a desenhar copiando. Em Paris ele aprende a dar a importância que o desenho tem e a pintar de modo meticuloso, detalhista. Toda sua obra ficará impregnada dessas características.

Foi lá também que aprendeu a usar cores discretas e a pintar os temas tradicionais da academia: históricos, bíblicos, retratos. Sua criatividade faz com que ele dê novas interpretações a esses temas, o que comprovou seu talento. São dessa fase algumas das telas que mostraremos aqui durante esta semana.

Iniciamos hoje com “Amuada”, óleo sobre tela, de 1882, pintado em Paris. Nela vemos uma jovem com ar aborrecido, e mesmo de perfil, podemos sentir toda sua melancolia. Dimensões: 72,8 x 48,6 cm



Acervo Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro
Fontes: História da pintura brasileira no século XIX, de Quirino Campofiorito


OS INTOLERANTES




"Ah, meu Deus! Assisto com muita tristeza a pena da aspereza dilacerando a beleza de uma linda sinfonia. A aguarrás de juizes, ciumentos inflexíveis, descolorindo as matizes de uma linda pintura, só porque não gostam da assinatura?"

"E vai com uma bailarina, com a inocência de menina, dançando em volta do sol, a Grande Mãe Terra. Enquanto muitas nações, governos, religiões ensaiam a dança da guerra."

"Na verdade a bola azul quase nunca foi amada; é sempre penalizada. Tem um trabalho enorme, dedicação e talento para preparar a mistura, juntar os seus elementos para dar forma às criaturas, e elas, depois de paridas, desconhecem a matriarca e dizem, mal agradecidas: que a carne é fraca."

"E quando o planeta gera um Avatá, um iluminado assim como o Nazareno, tem logo quem se apresenta com conhecimento profundo e diz logo: não é desse mundo, só pode ser extraterreno."

"Ah, é difícil entender porque é que o homem, até hoje, cospe no prato que come. Algumas religiões, não sei por qual motivo, dizem que a Terra é um território com vocação pra purgatório, não passa de sanatório... E que nós só seremos felizes longe dela, bem distante, lá onde os delirantes chamam de paraíso."

"Olha, eu vou dizer de coração. Na minha simples, dia após dia, me perdoem a liberdade, mas religião de verdade, mais parecida com a que Jesus queria, talvez seja sentimento de ecologia. Para esse sentimento não tem fronteiras e só reza um mandamento: preservação das espécies com urgência, sem adiamento."

"Hoje, ela pensa nas plantas, nos rios, no mar, nos bichos. Amanhã, com certeza, com a mesma dedicação e capricho, pensará com muito cuidado nos meninos abandonados."

"Ah, se ela tivesse mais força para sustentar sua zanga, evitaria, com certeza a fome cruel de Ruanda. Não tinha maturidade, ainda era uma menina, quando a impertinência sangrou, com a bola de fogo, a pobre Hiroshima. Mas ela cresce, se instala como uma prece no coração das crianças. Tenho muitas esperanças..."

"Eu tenho toda a certeza que nosso planeta um dia, mesmo cansado, exausto, terá toda a garantia e guardado por uma geração vigia, nunca mais verá a espada fria no Holocausto."

"A intolerância, repito, é a mais triste das doenças. Não tem dó, não tem clemência. Deixa tantas cicatrizes nas pessoas, nos países, até as religiões, guardiãs da Luz Celeste, abandonam seus archotes para empunhar cassetete. E o que, na verdade, refresca o rosto de Deus, é um leque, que tem uma haste de Calvino e outra de Alan Kardec."

"Na outra haste, as brisas, que vêm das terras de Shivas, são uma, dos franciscanos, e outra, dos beduínos. Não precisa ir muito longe... Jesus nasce entre os rabinos."

"Às vezes corações que crêem em Deus, são mais duros que os ateus. E jogam pedra sobre as catedrais dos meus deuses Yorubás. Não sabem que a nossa terra é uma casa na aldeia, religiões na Terra são archotes que clareiam."

DE ALTAY VELOSO


AMOR QUE CURA


''O amor que existe no seu coração é tamanho que você poderia curar o planeta inteiro.

Porém, por enquanto, vamos usar esse amor para curar a você mesmo.

Sinta um calor começar a surgir no seu centro cardíaco, uma ternura, uma bondade.

Deixe essa sensação começar a mudar o que você pensa e fala sobre você mesmo.''

(trecho do Livro ''Voce Pode Curar sua Vida''/LouiseL.Hay).