FILME ''CONVERSANDO COM DEUS''


SINOPSE:
Esta adaptação do livro de Neale Donald Walsch, que inspirou e mudou a vida de milhões de pessoas ao redor do mundo, Conversando com Deus conta a história de quando, no pior momento de sua vida, Walsch (Henry Czerny), fez a Deus algumas perguntas bem difíceis. Dentro de cada um de nós há uma voz que fala a verdade. As respostas que ele recebeu de Deus se tornaram a base de um livro internacionalmente reconhecido, que já vendeu mais de 7 milhões de cópias em 34 idiomas. O filme narra a jornada de poucas e boas de Walsch que inadvertidamente se tornou um guia espiritual. Um filme que vai mudar a sua vida. 


DINHEIRO E AMOR (MEIMEI)


Dinheiro e amor

Diante do bem, não pronuncies a palavra “impossível”.
Certamente, sofres a dificuldade dos que herdaram a luta por
preço das menores aquisições. Ainda assim, lembra-te de que a
virtude não reside no cofre.
Onde encontrarias ouro puro a fazer-se pão na caçarola dos
infelizes?
Em que lugar surpreenderias frágil cobertor tecido de apólices
para agasalhar a criança largada ao colo da noite?
Entretanto, se o amor te faz lume no pensamento, arrebatarás
à imundície a derradeira sobra da mesa, convertendo-a no caldo
reconfortante para o enfermo esquecido, e farás do pano pobre o
abrigo providencial em favor de quem passa, relegado à intempérie.
Uma garganta de pérolas não emite pequenina frase consoladora
e um crânio esculpido de pedras raras não deixa passar leve
fio de ideação.
Todavia, se o amor te palpita na alma, podes falar a palavra
renovadora que exclui o poder das trevas e inspirar o trabalho
que expresse o apoio e a esperança de muita gente.
Respeita a moeda capaz de fazer o caminho das boas obras,
mas não esperes pelo dinheiro a fim de ajudar.
Hoje mesmo, em casa, alguém te pede entendimento e carinho
e, além do reduto doméstico, legiões de pessoas aguardam-te
os gestos de fraternidade e compreensão.
Recorda que a fonte da caridade tem nascedouro em ti mesmo
e não descreias da possibilidade de auxiliar.
Para transmitir-nos semelhante verdade, Jesus, a sós, sem fiança
terrestre, usou as margens de um lago simples, ofertou
simpatia aos que lhes buscavam a convivência, confortou os
enfermos da estrada, falou do Reino de Deus a alguns pescadores
de vida singela e transformou o mundo inteiro, revelando-nos,
assim, que a caridade tem o tamanho do coração.
Meimei

OS OUTROS/(MEIMEI)


Os outros

Dizes trazer o deserto no coração; entretanto, pensa nos outros.
Muitos pisam teus rastros, procurando-te as mãos no grande
vazio...
Pára um pouco e perceberá a presença nas sombras da retaguarda.
Enquanto gritas a própria solidão, compreenderás que a voz
deles está morrendo na garganta, através de longos gemidos.
Volta-te e vê.
Compara os teus braços robustos com os ossos descarnados
que ainda lhe servem de suporte às mãos tristes em que os dedos
mirrados são espinhos de dor. Enxuga o teu pranto e observa os
olhos fatigados que te contemplam... Falam-te a história de
esperanças e sonhos que o tempo soterrou na areia da frustração.
Referem-se ao frio cortante do lar perdido e à agonia da ramagem
nas trevas...
Pára e compadece-te.
Deixa que respirem, ainda mesmo por um momento só, no
calor de teu hálito.
Quem poderá medir a extensão da grandeza de uma simples
semente, caída na terra que o arado martirizou?
A beleza de um minuto nos ensina, muita vez, a povoar de
alegria e de luz a existência inteira.
Diz antiga lenda que uma gota de chuva caiu sobre o oceano
que a tormenta encapelara e, aflita, perguntou:
– ”Deus de Bondade, que farei, sozinha, neste abismo estarrecedor?”
O Pai não lhe respondeu, mas, tempos depois, a gota singela
era retirada do mar, convertida numa pérola para adornar a coroa
de um rei.
Dá também algo de ti aos que bracejam no torvelinho do sofrimento,
e, mesmo que possas ofertar apenas um pingo de amor
aos que padecem, tua dádiva será filtrada pelas correntes da
angústia humana e subirá, cristalina e luminescente, na direção
dos céus, para enfeitar a glória de Deus.
Meimei

CANTICO DE METTA

ORAÇÃO ATENDIDA/MOMENTO ESPÍRITA

Será que Deus atende mesmo a todas as orações? Jesus nos afirmou que tudo o que pedíssemos ao Pai em Seu nome, Ele nos concederia.

Mesmo assim, a debilidade da nossa fé, vez ou outra, faz com que nos perguntemos: Será que atende?


Afinal, quantos de nós já fizemos rogativas ao Criador, que jamais foram atendidas?


Será preciso algum detalhe que nos possibilite ser atendidos por Deus?


Os mais revoltados, ante seus problemas não solucionados pela Divindade, chegam a admitir a parcialidade Divina que atende a uns e não atende a outros.


Contudo, não é assim. Ocorre que, inúmeras vezes, não nos apercebemos que Deus nos responde, embora nem sempre da forma que desejamos.


Mas, com certeza, sempre é o melhor que o Pai dispõe.


Recordamo-nos de um soldado americano, ferido durante a Guerra Civil. Após o ferimento, seguiram-se meses e meses de sofrimentos. A sua dor atingiu o auge quando ele se deu conta de que havia se tornado um deficiente físico.


No entanto, a transformação radical em sua vida lhe abriu novos horizontes que ele sintetizou em uma oração.


Oração que talvez se constitua em uma das mais belas páginas escritas por um deficiente físico.


Conforme a tradução livre, do original inglês, diz ele:


Pedi a Deus que me desse forças, para tudo conseguir...


Fui feito fraco para aprender a obedecer.


Pedi a Deus a saúde para realizar coisas grandiosas...


Fui feito doente para realizar coisas difíceis.


Pedi a Deus por riquezas, para comprar felicidade...


Fui feito pobre, para vender sabedoria.


Pedi a Deus que me concedesse poder, para que os homens necessitassem de mim...


Fui feito insignificante, para sentir a necessidade de Deus ...


Pedi a Deus por tudo isso, para poder gozar a vida...


E Deus me deu a vida para poder avaliar seu gozo.


Não recebi nada do que pedi, mas obtive tudo aquilo que esperava ganhar.


A despeito dos meus erros, as preces que não fiz foram atendidas.


E, dentre todos os homens, eu me considero o mais ricamente abençoado.


* * *


O entendimento do soldado ferido que se tornou um paralítico anônimo nos dá a tônica de como Deus ouve nossas preces e as atende, sempre de acordo com o que seja melhor para nós.


Afinal, muitas vezes passamos a valorizar as pequeninas e preciosas coisas da vida, quando elas nos são retiradas.


* * *


O ano de 1981 foi o primeiro Ano Internacional da Pessoa Deficiente.


Ser deficiente não significa ser doente.


É simplesmente ser diferente. Diferente dos padrões considerados como normais.


Redação do Momento Espírita, com base no cap. 1, pt. 1 e cap. 5, pt. 2 do

livro as Aves feridas na Terra voam, de Nancy Puhlmann di Girolamo,
ed. Inst. Beneficente Nosso Lar, SP.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 2, ed. Fep.
Em 13.04.2009.

FILME APOCALYPTO


Apocalypto - www.gaianovaera.blogspot.com from ELEVAÇÃO ESPIRITUAL on Vimeo.


''ESTE FILME É MARAVILHOSO!!AS MATAS E O VERDE QUE PREDOMINA EM SEU CENÁRIO,DÁ GOSTO DE VER!!A HISTÓRIA,EMOCIONANTE!ENFIM,GOSTEI MUITO,O ASSISTI POR VÁRIAS VEZES...(UMAS 3 VEZES,JÁ A ALGUM TEMPO)RS...VALE A PENA,CONFERIR!''

SINAIS DE ALERTA


Há dez sinais vermelhos, no caminho da experiência, indicando queda provável na obsessão:

1º) Quando entramos na faixa da impaciência;

2º)  Quando acreditamos que a nossa dor é a maior;

3º) Quando passamos a ver ingratidão nos amigos;

4º) Quando imaginamos maldade nas atitudes dos companheiros;

5º) Quando comentamos o lado menos feliz dessa ou daquela pessoa;

6º) Quando reclamamos apreço e reconhecimento;

7º) Quando supomos que o nosso trabalho está sendo excessivo;

8º) Quando passamos o dia a exigir esforço, sem prestar o mais leve serviço;

9º) Quando pretendemos fugir de nós mesmos, através da gota de álcool ou da pitada de entorpecente;

10º) quando julgamos que o dever é apenas dos outros.

Toda vez que um desses sinais surgir no trânsito de nossas idéias, a Lei Divina está presente, recomendando-nos a prudência de parar no socorro da prece ou na luz do discernimento.

Pelo espírito de Scheilla, do livro "Ideal Espírita", psicografia de Chico Xavier.

LIÇÃO DE VIDA

Nem sempre quem te tira da merda é o seu amigo...


Lições de Vida Era uma vez um pardalzinho que odiava ter que voar para o sul por causa do inverno. Ficava tão apavorado com a idéia de deixar seu lar, que decidiu adiar a viagem até o último momento. Depois de se despedir carinhosamente dos seus amigos pardais que partiram, voltou ao ninho e ficou por lá ainda umas duas semanas.
Finalmente, o tempo se tornou tão desesperadamente frio, que ele não teve mais dúvidas, partiu e iniciou o seu vôo rumo ao sul. Só que começou a chover, rapidamente começou a formar gelo nas suas asas. Quase morto de frio foi perdendo a altura e caiu por terra no pátio de uma estrebaria. Quando estava exalando o que pensava ser seu último suspiro, veio uma vaca  e cobriu o pardalzinho de merda. A princípo, o pardalzinho não podia pensar noutra coisa, a não ser naquele modo horrível de morrer, todo cagado. Porém, quando a merda começou a subir  e penetrar nas suas penas, aquela passou a aquecê-lo e a vida começou a voltar para o seu corpo. Ele descobriu que tinha espaço suficiente para respirar. Subitamente o pardalzinho sentiu-se feliz e começou a cantar.
Naquele instante, um gato entrou na estrebaria, ouviu o gorjeio do passarinho, remexeu no monte de merda para descobrir de onde vinha o som. O gato descobriu a ave e a comeu.
ESSA HISTÓRIA TEM QUATRO ENSINAMENTOS MORAIS: QUAIS SÃO ELES?
a. Nem sempre quem caga em você é seu inimigo.
b. Nem sempre que tira você da merda é seu amigo
c. Desde que você se sinta quente e confortavél, mesmo que sejan um monte de merda, conserve o bico fechado.
d. Quem tá na merda, não canta.

RAMATIS

RAMATIS

ENQUANTO...


ENQUANTO...
Busque agir para o bem, enquanto você dispõe de tempo. É perigoso
guardar uma cabeça cheia de sonhos, com as mãos desocupadas.
Acenda sua lâmpada, enquanto há claridade em torno de seus passos.
Viajor algum fugirá às surpresas da noite.
Ajude o próximo, enquanto as possibilidades permanecem de seu lado.
Chegará o momento em que você não prescindirá do auxílio dele.
Utilize o corpo físico para recolher as bênçãos da vida Mais Alta,
enquanto suas peças se ajustam harmoniosamente, O vaso que reteve
essências sublimes ainda espalha perfume, depois de abandonado.
Dê suas lições sensatamente, na escola da vida, enquanto o livro das
provas repousa em suas mãos. Aprender é uma bênção e há milhares de
irmãos, não longe de você, aguardando uma bolsa de estudos na reencarnação.
Acerte suas contas com o vizinho, enquanto a hora é favorável.
Amanhã, todos os quadros podem surgir transformados.
Ninguém deve ser o profeta da morte e nem imitar a coruja agourenta.
Mas, enquanto você guardar oportunidade de amealhar recursos superiores
para a vida espiritual,
aumente os seus valores próprios e organize tesouros da alma, convicto de
que sua viagem para outro gênero de existência é inevitável.


DO LIVRO AGENDA CRISTÃ/CHICO XAVIER/PELO ESPÍRITO DE ANDRE LUIZ

NISTO CONHECEREMOS...(TRECHO DO LIVRO VINHA DE LUZ/CHICO XAVIER)

Quando sabemos conservar a ligação com a Paz Divina, apesar de todas as perturbações humanas, perdoando quantas vezes forem necessárias ao companheiro que nos magoa; esquecendo o mal para construir o bem; amparando com sinceridade aos que nos aborrecem; cooperando espiritualmente, através da ação e da oração, a benefício dos que nos perseguem e caluniam; olvidando nossos desejos particulares para servirmos em favor de todos; guardando a fé no Supremo Poder como luz inapagável no coração; perseverando na bondade construtiva, embora mil golpes da maldade nos assediem; negando a nós mesmos para que a bênção divina resplandeça em torno de nossos passos; carregando nossas dificuldades como dádivas celestes; recebendo adversários por instrutores; bendizendo as lutas que nos aperfeiçoam a alma, à frente da Esfera Maior; convertendo a experiência terrena em celeiros de alegrias para a Eternidade; descortinando ensejos de servir em toda parte; compreendendo e auxiliando sempre, sem a preocupação de sermos entendidos e ajudados; amando os nossos semelhantes qual temos sido amados pelo Senhor, sem expectativa de recompensa; então, conheceremos o espírito da verdade em nós, iluminando-nos a estrada para a redenção divina.





Francisco Cândido. Do livro:  Vinha de Luz. Ditado pelo Espírito Emmanuel

AS BEM AVENTURANÇAS/

"

E Jesus vendo a multidão subiu num monte, e sentando-se, aproximaram-se dele os discípulos.
E abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo:
Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus.
Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.
Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra.
Bem-aventurados os que tem fome e sede de Justiça, porque serão fartos.
Bem-aventurados os misericordiosos, porque encontrarão a Misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a face e Deus.
Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da Justiça, porque deles é o Reino dos Céus.
Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem, perseguirem e mentirem, dizendo todo mal contra vós por minha causa.
Exultai e alegrai-vos, porque é grande vosso galardão nos céus, porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós."

A GRANDE TRANSIÇÃO - JOANNA DE ÂNGELIS

 
Opera-se na Terra, neste largo período, a grande transição anunciada pelas escrituras e confirmada pelo Espiritismo.

O planeta sofrido, experimenta convulsões especiais, tanto na sua estrutura física e atmosférica, ajustando as diversas camadas tectônicas, quanto na sua constituição moral.

Isto porque, os espíritos que o habitam, ainda caminhando em faixas de inferioridade, estão sendo substituídos por outros mais elevados que o impulsionarão pelas trilhas do progresso moral, dando lugar a uma era nova de paz e de felicidade.

Os espíritos renitentes na perversidade, nos demandos, na sensualidade e vileza, estão sendo recambiados lentamente para mundos inferiores, onde enfrentarão as consequências dos seus atos ignóbeis, assim, renovando-se e predispondo-se ao retorno planetário, quando recuperados e decididos ao cumprimento das leis do amor.

Por outro lado, aqueles que permanecem nas regiões inferiores, estão sendo trazidos à reencarnação de modo a desfrutarem da oportunidade de trabalho e de aprendizado, modificando os hábitos infelizes a que se têm submetido, podendo avançar sob a governança de Deus.

Caso se oponham às exigências da evolução, também sofrerão um tipo de expurgo temporário, para regiões primárias entre as raças atrasadas, tendo o ensejo de ser úteis e de sofrer os efeitos danosos da sua rebeldia.

Concomitantemente, espíritos nobres que conseguiram superar os impedimentos que os retinham na retaguarda, estarão chegando, a fim de promoverem o bem e alargarem os horizontes da felicidade humana, trabalhando infatigavelmente na reconstrução da sociedade, então fiel aos desígnios divino.

Da mesma forma, missionários do amor e da caridade, procedentes de outras Esferas, estarão revestindo-se da idumentária carnal, para tornar essa fase de luta iluminativa mais amena, proporcionando condições digníficantes, que estimulem ao avanço e à felicidade.

Não serão apenas os cataclismos físicos que sacudirão o planeta como resultado da lei de destruição, geradora desses fenômenos, como ocorre com o outono que derruba a folhagem das árvores, a fim de que possam enfrentar a invernia rigorosa, renascendo exuberantes com a chegada da primavera, mas também, os de natureza moral, social e humana que assinalarão os dias tormentosos que já se vivem.

Os combates apresentam-se individuais e coletivos, ameaçando de destruição a vida com hecatombes inimagináveis.

A loucura, decorrente do materialismo dos indivíduos, atira-os nos abismos da violência e da insensatez, ampliando o campo do desespero, que se alarga em todas as direções.

Esfacelam-se os lares, desorganizam-se os relacionamentos afetivos, desestruturam-se as instituições, as oficinas de trabalho convertem-se em áreas de competição desleal, as ruas do mundo transformam-se em campos de lutas perversas, levando de roldão os sentimentos de solidariedade e de respeito, de amor e de caridade...

A turbulência vence a paz, o conflito domina o amor, a luta desigual substitui a fraternidade.

... Mas essas ocorrências são apenas o começo da grande transição.

A fatalidade da existência humana é a conquista do amor que proporciona plenitude.

Há, em toda parte, uma destinação inevitável, que expressa a ordem universal e a presença de uma Consciência Cósmica atuante.

A rebeldia que predomina no comportamento humano elegeu a violência como instrumento para conseguir o prazer que lhe não chega de maneira espontânea, gerando lamentáveis consequências que se avolumam em desaires contínuos.

É inevitável a colheita da sementeira por aquele que a fez, tornando-se rico de grãos abençoados ou de espículos venenosos.

Como as leis da vida não podem ser derrogadas, toda objeção que se lhes faz, converte-se em aflição, impedindo a conquista do bem-estar.

Da mesma forma, como o progresso é inevitável, o que não seja conquistado através do dever, sê-lo-á pelos impositivos estruturais de que o mesmo se constrói.

A melhor maneira, portanto, de compartilhar conscientemente da grande transição é através da consciência de responsabilidade pessoal, realizando as mudanças íntimas que se tornem próprias para a harmonia do conjunto.

Nenhuma conquista exterior será lograda se não proceder das paisagens íntimas, nas quais estão instalados os hábitos. Esses, de natureza perniciosa, devem ser substituídos por aqueles que são saudáveis, portanto, propriciatórios de bem-estar e de harmonia emocional.

Na mente está a chave para que seja operada a grande mudança.

Quando se tem domínio sobre ela, os pensamentos podem ser canalizados em sentido edificante, dando lugar a palavras corretas e a atos dígnos.

O indivíduo, que se renova moralmente, contribui de forma segura para as alterações que se vêm operando no planeta.

Não é necessário que o turbilhão dos sofrimentos gerais o sensibilize, a fim de que possa contribuir eficazmente com os espíritos que operam em favor da grande transição.

Dispondo de ferramentas morais do enobrecimento, torna-se cooperador eficiente, em razão de trabalhar junto ao próximo pela mudança de convicção em torno dos objetivos existenciais, ao tempo em que se transforma num exemplo de alegria e de felicidade para todos.

O bem fascina todos aqueles que o observam e atrai quantos se encontram distantes da sua ação, o mesmo ocorrendo com a alegria e a saúde.

São eles que proporcionam o maior contágio de que se tem notícia, e não as manifestações aberrantes e afligentes que parecem assustar as multidões.

Como escasseiam os exemplos de júbilo, multiplicam-se os de desespero, logo ultrapassados pelos programas de sensibilização emocional para a plenitude.

A grande transição prossegue, e porque se faz necessária, a única alternativa é examinar-lhe a maneira como se apresenta, e cooperar para que as sombras que se adensam no mundo, sejam diminuídas pelo Sol da imortalidade.

Nenhum receio deve ser cultivado, porque, mesmo que ocorra a morte, esse fenômeno natural é veículo da vida que se manifestará em outra dimensão.

A vida sempre responde conforme as indagações morais que lhe são dirigidas.

As aguardadas mudanças que se vêm operando, trazem uma ainda não valorizada contribuição, que é a erradicação do sofrimento das paisagens espirituais da Terra.

Enquanto viceja o mal no mundo, o ser humano torna-se-lhe a vítima preferida, em face do egoísmo em que se estorcega, apenas por eleição especial.

A dor momentânea que o fere, convida-o, por outro lado, à observância das necessidades imperiosas de seguir a correnteza do amor no rumo do oceano de paz.

Até lá, que todos os investimentos sejam de bondade e de ternura, de abnegação e de irrestrita confiança em Deus.

Joanna de Ângelis - Espírito

Página psicografada por Divaldo Franco no dia 30 de julho de 2006, no Rio de Janeiro.

Terra 6 de 6 - Provas de uma inteligencia superior em sua criação/mediante tantas catástrofes...convido-os à assistirem estes vídeos...


mediante tantas catástrofes...convido-os à assistirem estes vídeos...

Terra 5 de 6 - Provas de uma inteligencia superior em sua criação/mediante tantas catástrofes...convido-os à assistirem estes vídeos...

Terra 4 de 6 - Provas de uma inteligencia superior em sua criação/mediante tantas catástrofes...convido-os à assistirem estes vídeos...

Terra 3 de 6 - Provas de uma inteligencia superior em sua criação/mediante tantas catastofes...convido-os à assistirem estes vídeos...

Terra 2 de 6 - Provas de uma inteligencia superior em sua criação/mediante tantas catastofes...convido-os à assistirem estes vídeos...

Terra 1 de 6 - Provas de uma inteligencia superior em sua criação/mediante tantas catástrofes...convido-os à assistirem estes vídeos...

FALANDO DE AMOR...


Paz!
O verdadeiro amor somente acontece no momento em que percebermos seu verdadeiro significado. Não é o amor verdadeiro aquele que chega junto com o sentimento de posse. Também não é o amor verdadeiro aquele que nos torna egoístas, aquele que nos traz a idéia falsa de que o objeto de nosso amor precisa, necessariamente, satisfazer cada um de nossos anseios.
O amor verdadeiro consiste mais num doar desinteressado do que na expectativa de recebê-lo.
As aquisições que acontecem como conseqüência dele são muito mais interiores do que materiais.
Nós passamos a atrair o amor quando aprendemos o verdadeiro sentido da compaixão.
Sentir compaixão é ver o outro como uma extensão de si mesmo; é perceber-lhe as necessidades e carências; é buscar condições que lhe minimizem as dores.
Tem compaixão aquele que não julga levianamente, mas, sim, aquele que procura entender as razões alheias.
Ter compaixão é ter sensibilidade para perceber com os olhos da alma e não permanecer indiferente àquilo que percebeu.
Ter compaixão é saber perdoar.
E, perdoando, mergulhar no fluxo do amor universal;
Este para mim é o amor mais verdadeiro.
Ad. D.C. 31/10/2005.
Namastê!

RONALDO ADONAI

O AMOR E SEU PODER



Acreditemos no amor e vivamo-lo plenamente.
Qualquer expressão de afetividade propicia renovação de entusiasmo, de qualidade de vida, de metas felizes em relação ao futuro.
O amor não é somente um meio, porém o fim essencial da vida.
Emanado pelo sentimento que se aprimora, o amor expressa-se, a princípio, asselvajado, instintivo, na área da sensação, e depura-se lentamente, agigantando-se no campo da emoção.
Quando fruído, estimula o organismo e oferece-lhe reações imunológicas, que proporcionam resistência às células para enfrentar os invasores perniciosos, que são combatidos pelos glóbulos brancos vigilantes.
A força do amor levanta as energias alquebradas, e torna-se essencial para a preservação da vida.
Quando diminui, cedendo lugar aos mecanismos de reação pelo ciúme, pelo ressentimento, pelo ódio, favorece a degeneração da energia vital, preservadora do equilíbrio fisiopsíquico, ensejando a instalação de enfermidades variadas, que trabalham pela consumação dos equipamentos orgânicos...
Situação alguma, por mais constrangedora, ou desafio, por maior que se apresente, nas suas expressões agressivas, merecem que nos nivelemos à violência, abandonando o recurso valioso do amor.
Competir com os não-amáveis é tornar-se pior do que eles, que lamentavelmente ainda não despertaram para a realidade superior da vida.
Amá-los é a alternativa única à nossa disposição, que devemos utilizar, de forma a não nos impregnarmos das energias deletérias que eles exalam ainda.
Envolvê-los em ondas de afetividade é ato de sabedoria e recurso terapêutico valioso, que lhes modificará a conduta, senão de imediato, com certeza oportunamente.
O amor solucionará todos os nossos problemas. Não impedirá, porém, que sejamos agredidos, que experimentemos incompreensão, mas nos facultará permanecer em paz conosco mesmos.
É possível que não lhe vejamos a florescência, naquele a quem o ofertamos, no entanto, a sociedade do amanhã vê-lo-á enfrutecer e beneficiar as criaturas que virão depois de nós. E isto, sim, é o que importa.
Quando tudo pareça conspirar contra os nossos sentimentos de amor, e a desordem aumentar, o crime triunfar, a loucura aturdir as pessoas em volta, ainda aí não duvidemos do seu poder. Amemos com mais vigor e tranqüilidade, porque esta é a nossa missão na Terra - amar sempre.
Crucificado, sob superlativa humilhação, o Grande Filósofo do Amor Incondicional prosseguiu amando e em paz, iniciando uma Era Nova para a Humanidade, que agora lhe tributa razão e amor.

Paz intensa lhe desejo!
Namastê!

MUDANDO SITUAÇÕES/POR RONALDO ADONAI


Paz lhe desejo!

Existe um fato que pode ser facilmente comprovado por qualquer pessoa e que, se for bem compreendido, pode trazer grandes benefícios.
Você pode constatar com facilidade que, quando se encontra diante de uma situação difícil ou desconhecida, ou diante de uma situação aparentemente ameaçadora, seus músculos se contraem. Algumas vezes essa contração aparece no corpo todo, outras vezes em algumas partes dele. Mas o fato é que, em alguma medida, um enrijecimento muscular é produzido.
Talvez seu primeiro impulso seja argumentar: “Mas isso é natural! Ocorre com todo mundo!”. E nós concordamos, pois, certamente, isso ocorre com todo mundo.
Mas o problema é que ninguém percebe claramente esse fato, ninguém dá a ele a necessária atenção e, por isso, deixa de compreender sua enorme importância!
Isso porque, se uma dada situação, seja ela real ou imaginária, tem esse efeito sobre nossos músculos, será que se pudermos impedir esse efeito não estaremos abrindo a possibilidade de termos uma outra relação com essa situação? Será que em vez de uma relação aflita ou assustada, não podemos passar a ter uma relação poderosa e eficaz com o mesmo fato?
Se pudermos compreender bem esse ponto, se ganharmos uma visão clara dele, isso poderá fornecer-nos uma arma maravilhosa para lidarmos com toda e qualquer situação que a vida nos oferece.

Que o ano que se nos apresenta para vivê-lo, seja para todos nós, um ano cheio de oportunidades que nos facilitem o crescimento moral-espiritual, atraindo assim, naturalmente, aquilo que nos pertence por direito divino.

Tenha um ano repleto de paz, amor e construção íntima. O efêmero-necessário será atraído naturalmente satisfazendo os nossos sentidos e felicitando os nossos espíritos.

RONALDO ADONAI/30 de dezembro de 2006 16:35

A ESTRATÉGIA/POR RONALDO ADONAI

Bernard Shaw é que está certo - disse J. - Ele afirmou “que as pessoas tem um prazer mórbido em passar todos os dias se queixando das condições em que vivem”. Penso como ele: os verdadeiros homens e mulheres são os que procuram as condições ideais, e - se não conseguem encontrá-las - terminam por criá-las.
- Como se criam as condições necessárias?
- Um chinês, há milhares de anos, já escreveu sobre isso: respeitando cinco pontos fundamentais. Entretanto, antes de falar destes cinco pontos, é preciso dizer que o ponto de partida é o respeito por si mesmo. Podemos conseguir qualquer coisa, mas não podemos conseguir tudo; então é preciso saber exatamente o que desejamos.
- Como sabemos o que desejamos?
- Quando nos sentimos bem ao realizar determinada tarefa. Conseqüentemente, tudo aquilo que nos faz perder o entusiasmo e o respeito por nós mesmos é nocivo; mesmo que signifique poder, dinheiro, ou sucesso. Já vi muita gente sendo sufocada pelo sucesso, cometendo erros que terminavam destruindo o trabalho de anos, entregando-se a bebedeiras monumentais, tornando-se agressivos, rigorosos, amargos. Estas pessoas estão longe de si mesmas, e longe dos outros.
- Voltemos ao chinês.
- O chinês escreveu um livro sobre a guerra, mas os cinco pontos que ele relaciona ali aplicam-se a qualquer tarefa realizada pelo ser humano.
"O primeiro item: a lei da vontade. Acabamos de falar sobre ela: só devemos fazer aquilo que realmente enche o nosso coração de entusiasmo. Se deixamos isso de lado, se adiamos o momento de viver aquilo que sonhamos, perdemos a energia necessária para qualquer transformação importante em nossas vidas. Alguém já disse, de maneira muito apropriada: "eu não conheço o segredo do sucesso - mas o segredo do fracasso é tentar sempre fazer a vontade dos outros".
"O segundo item: a lei das estações. Assim como uma guerra travada no inverno exige um comportamento e equipamento diferente de uma guerra no verão, o ser humano precisa aprender a respeitar suas próprias estações, não tentando agir no momento de esperar, não tentando esperar no momento de agir. Entretanto, para poder progredir em qualquer coisa, ele precisa dar o primeiro passo - a partir daí, seu ritmo pessoal e sua intuição vão lhe indicar como conservar sua energia. "O terceiro item: a lei da geografia. Uma batalha em um desfiladeiro é diferente de uma travada no campo: da mesma maneira, só consegue condições favoráveis àquela pessoa que presta atenção ao que está acontecendo à sua volta, o espaço que está ocupando, o que tem que fazer para ampliá-lo, onde pode ser encurralada, como pode escapar se precisar recuar um pouco."O quarto item: a lei dos aliados. Ninguém pode lutar sozinho; são necessários amigos que nos dêem força na hora que precisamos, gente que nos aconselhe sem medo do que vamos pensar. Como diz um poeta, "nenhum pássaro pode voar alto, se usar apenas suas próprias asas."Finalmente,o quinto item: a lei da criatividade. Só existe uma maneira de entender as coisas - é quando tentamos mudá-las. Nem sempre conseguimos, mas terminamos aprendendo, porque buscamos um caminho não percorrido - e o mundo está cheio destes caminhos. O problema é que todos têm muito medo das florestas virgens, dos mares nunca navegados, já que o desconhecido dá a sensação de que podemos nos perder. Mas ninguém se perde - porque a mão de Deus misericordioso sempre está sobre a cabeça dos homens e mulheres corajosos, que ousam ser diferentes porque acreditam em seus sonhos.
Sendo assim, façamos o que temos para fazer. Façamos hoje a tarefa de hoje, pois o amanhã não é a certeza do hoje, é sempre um talvez.

Abraços energéticos de luz, amor e paz!
Ad.rz

FORÇA E FÉ!!!!


("Eu segurei muitas coisas em minhas mãos, e eu perdi tudo; mas tudo que que eu coloquei nas mãos de Deus eu ainda possuo.")
Martin Luther King

O BOM CORAÇÃO (HISTÓRIA BUDISTA).

O bom coração

No tempo do Buda vivia uma velha mendiga chamada "Confiando na Alegria". Ela observava os reis, príncipes e o povo em geral fazendo oferendas ao Buda e a seus discípulos, e não havia nada que quisesse mais do que poder fazer o mesmo. Saiu então pedindo esmolas, mas o fim do dia não havia conseguido mais do que uma moedinha. Levou-a ao mercado para tentar trocá-la por algum óleo mas o vendedor lhe disse que aquilo não dava para comprar nada. Quando soube que ela queria fazer uma oferenda ao Buda, encheu-se de pena e deu-lhe o óleo que queria. A mendiga foi para o mosteiro e acendeu a lâmpada. Colocou-a diante do Buda e fez o seguinte pedido: "Nada tenho a oferecer senão esta pequena lâmpada. Mas com esta oferenda possa eu no futuro ser abençoada com a lâmpada da sabedoria. Possa eu libertar todos os seres das suas trevas, purificar todos os seus obscurecimento e levá-los a iluminação".
Durante a noite, o óleo de todas as outras lâmpadas se acabou. Mas a lâmpada da mendiga ainda queimava na alvorada, quando Maudgalyayana, o discípulo do Buda, chegou para recolher as lâmpadas. Ao ver aquela única ainda brilhando, cheia de óleo e com pavio novo, pensou: "Não há razão para que essa lâmpada continue ainda queimando durante o dia", e tentou apagar a chama com os dedos, mas foi inútil. Tentou abafá-la com suas vestes, mas ela ainda ardia.
O Buda o observando há algum tempo, e disse: Maudgalyayana, você quer apagar essa lâmpada? não vai conseguir. Não conseguiria nem movê-la daí, que dirá apagá-la. Se jogasse nela toda a água dos oceanos, ainda assim não adiantaria. A água de todos os rios e lagos do mundo não poderia extinguir esta chama. Por que não?

"Porque ela foi oferecida com devoção e com pureza de coração e mente.
Essa motivação produziu um enorme benefício".
Quando o Buda terminou de falar, a mendiga se aproximou e ele profetizou que no futuro ela se tornaria um perfeito buda, conhecido como  "Luz da lâmpada".
Em tudo,   o nosso sentimento é que importa, a intenção boa ou má influencia diretamente nossa vida no futuro. Qualquer ação por mais simples que seja, se feita com coração produz benefícios na vida das pessoas.

Outra versão desta história diz que a mulher teria vendido o cabelo para oferecer uma lâmpada ao Buda, a noite teve uma ventania e todas as lâmpadas dos ricos foram apagadas, a desta mulher continuou acesa queimando a noite toda. Não importa a versão mas sim lição de vida contida nela

A RESPONSABILIDADE DE ACEITAR AS COISAS

Da responsabilidade em aceitar as coisas
Kalama Sutta12
Certa vez, Gautama Buda visitou uma pequena vila chamada Kesa-putra, no reino de Kosala, cujos habitantes se chamavam Kalamas. Eles fizeram a seguinte pergunta ao Buda:
"Senhor, alguns anacoretas e brâmanes que passaram por nossa vila divulgaram e exaltaram suas próprias doutrinas e condenaram e desprezaram as doutrinas dos outros. Depois, passaram outros que também, por sua vez, divulgaram e exaltaram as suas doutrinas e também condenaram e desprezaram as doutrinas dos outros. Mas nós, Senhor, estamos sempre em duvida e perplexos, sem saber qual desses veneráveis expôs a verdade e qual deles mentiu."

Então o Buda respondeu: "Sim, é justa a dúvida que sentis, pois ela se originou de um assunto duvidoso. Agora prestem atenção: não vos deixeis guiar pelas palavras dos outros, nem por tradições existentes, nem por rumores. Não vos deixeis guiar pela autoridade dos textos religiosos, nem por simples lógica ou dedução, nem por aparências, nem pelo prazer da especulação sobre opiniões, nem por verossimilhanças possíveis, nem por simples impressão ou pela idéia: 'Ele nosso mestre.' Mas, Kalamas, desde que souberdes e sentirdes, por vós mesmos, que certas coisas são desfavoráveis, falsas e ruins, então renunciai a elas... e quando souberdes e sentirdes, por vós mesmos, que certas coisas são favoráveis e boas, então deveis aceitá-las e segui-las."
Respondendo aos bhikkhus (monges) disse: "Um discípulo deve examinar a questão mesmo quando o Tathagata (o próprio Buda) a propõe, pois o discípulo deve estar inteiramente convencido do valor real do seu ensinamento. Não acreditem no que o mestre diz simplesmente por respeito à personalidade dele." (Anguttara-Nikaya III, 65.)

Asoka, imperador da Índia no III século a C., seguindo o nobre exemplo de tolerância e compreensão de Gautama Buda, honrou e sustentou todas as religiões do seu vasto império. Hoje ainda é legível a inscrição original de um de seus editos gravados na rocha: "Não devemos honrar somente nossa religião, condenando as outras; devemos acima de tudo respeitar todas as crenças, pois sempre há algo a ser apreciado por esta ou aquela razão. Agindo desta forma, glorificamos nossa própria crença e prestamos serviço as demais. De outro modo, prejudicamos a nossa própria religião e fazemos mal à dos outros. Por conseguinte, que todos escutem e estejam dispostos a não se fecharem às doutrinas professadas pelos demais."
Esse espírito de mútua compreensão deveria ser aplicado não somente em matéria de doutrina religiosa, mas também em assuntos nacionais, políticos, sociais e econômicos.
O Budismo se apresenta sob a forma e um sistema psicológico, moral e filosófico baseado na raiz dos fatos, que podem ser testados e verificados pela experiência pessoal, pois é racional e pratico, isento de doutrinas esotéricas (ocultas).
O espírito de tolerância e compreensão foi sempre um dos ideais da cultura e civilização budista. A seu crédito deve ser dito que, durante um período pacífico de 2500 anos, nenhuma gota de sangue foi derramada em nome do Budismo e nenhuma conversão jamais foi feita quer pela força, ou por qualquer outro método de repressão.
 
Do livro Budismo - Psicologia do autoconhecimento                   Referências  bibliográficas
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O VERDADEIRO VALOR

Reconhecendo o verdadeiro valor

Um rio separava dois reinos, os agricultores o usavam para regar seus campos, porém um ano sobreveio uma seca e a água não chegou para todos. Primeiro brigaram uns com os outros, e logo seus reis enviaram exércitos para proteger os respectivos súditos. A guerra era eminente. O Buda, então encaminhou-se à fronteira onde acampavam os dois exércitos.
"Dizei-me, falou, dirigindo-se aos dois reis - que vale mais: a água do rio ou o sangue de vossos povos?"
"Não há dúvida", contestaram os reis - "que o sangue destes homens vale mais do que a água do rio".
"Oh, reis insensatos" - disse o Buda - "derramar o mais precioso para obter aquilo que vale muito menos! se empreendeis esta batalha, derramareis o sangue de vossa gente e não tereis aumentado o caudal do rio em uma só gota".
Os reis envergonhados, resolveram pôr-se de acordo de maneira pacífica e repartir a água. Pouco depois chegaram as chuvas e houve irrigação para todos.
Extraído do livro "Buda" de Jorge Luiz Borges, Editora Bertrand Brasil
(o título foi criado pelo autor do site para melhor indexação)

O BUDA SILENCIOSO (GENEROSIDADE)

O Buda Silencioso
[Generosidade]
Era uma vez, existia um homem muito rico morando em Benares, na Índia Setentrional. Quando seu pai morreu, ele herdou até mais riqueza.
Ele pensou, "Por que eu deveria usar este tesouro somente para mim?
Permitirei que meus semelhantes também se beneficiem desta riqueza."
Assim ele construiu salões de jantar nos quatro portões da cidade - norte, leste, sul e oeste. Nestes salões de jantar ele deu comida livremente a todos que quiseram, e ficou famoso por sua generosidade. Também ficou conhecido que ele e seus seguidores eram praticantes dos Cinco Passos de Treinamento.
Naqueles dias, havia um Buda Silencioso meditando na floresta próxima de Benares. Ele era chamado Buda porque era iluminado, isso significava que ele não mais se sentia a ele mesmo, o chamado 'eu’, como sendo de qualquer forma diferente de tudo da vida vivida propriamente. Assim ele podia experimentar a vida como realmente é, em cada presente momento.
Sendo alguém com toda a vida, ele era cheio de compaixão e complacência com a infelicidade de todos os seres. Então desejou instruir-se e ajudá-los a serem iluminados da mesma maneira que ele era. Mas o tempo de nosso conto era na maioria das vezes desafortunado, um tempo muito triste. Era um tempo no qual ninguém estava disposto a entender a Verdade, e sentir a vida como realmente é, e desde então este Buda soube disso, e era por isso que ele era Silencioso.
Enquanto meditava na floresta, o Buda entrou estado mental muito elevado, sua concentração era tão grande que permaneceu imóvel por sete dias e noites, sem comer ou beber.
Quando retornou ao estado normal, ele estava em risco de morrer de fome, no momento habitual do dia, ele foi buscar comida na mansão do homem rico de Benares.
Quando o homem rico acabou de se sentar para almoçar, ele viu o Buda Silencioso que vinha com sua tigela, ergueu-se de sua cadeira respeitosamente e ordenou ao seu empregado para oferecer comida a ele.
Enquanto isso, Mara, o deus da morte, estava assistindo, Mara é aquele que é cheio de cobiça para ter o poder sobre todos os seres, ele tem este poder por causa do temor da morte.
Desde que, um Buda viva plenamente a vida em cada momento, ele não tem nenhum desejo de vida futura, e nenhum medo da morte. Então, já que Mara não tinha nenhum poder sobre o Buda Silencioso, desejou destruí-lo. Quando viu que ele estava prestes a morrer de fome, soube que teria uma boa chance de ter sucesso.
Antes de o empregado poder colocar a comida na tigela do Buda Silencioso, Mara criou um poço profundo de carvão em chamas, ardentes e vermelhos entre eles. Parecia com a entrada para o inferno.
Quando viu isto, o empregado temeu pela morte e correu de volta para seu patrão. O homem rico perguntou a ele por que ele retornou sem dar a comida. Ele respondeu: - "Meu senhor, existe um enorme e profundo poço quente de carvões vermelhos em chamas justo na frente do Buda Silencioso."
O homem rico pensou, "Este homem deve estar vendo coisas!" Então enviou outro empregado com a comida, e este também retornou assustado com o mesmo poço de carvões ardentes. Vários empregados foram mandados, mas todos retornaram assustados com a morte.
Então pensou o patrão, "Não há dúvidas de que Mara, deus da morte, pode tentar evitar meu saudável ato de oferecer comida ao Buda Silencioso! Porque ações saudáveis são o início do caminho para o esclarecimento, assim, Mara deseja me parar a qualquer custo. Mas ele não entende minha confiança no Buda Silencioso e minha determinação em ofertar."
Assim ele próprio levou a comida para o Buda silencioso. Ele mesmo viu as chamas que subiam do poço ardente. Então olhou para cima e viu o terrível deus da morte, flutuando acima no céu. Ele perguntou, "Quem é o senhor.?" Mara respondeu, “eu sou o deus da morte!"
"O senhor criou este poço de fogo?" Perguntou o homem. "Eu criei," disse o deus. "Por que o senhor fez isso?"
"Para afastar você de dar comida, e deste modo causar a morte do Buda Silencioso! Também para evitar a sua ação saudável de ajudar você no caminho do esclarecimento, assim você permanecerá em meu poder!"
O homem rico de Benares disse, "Oh Mara, deus da morte, demônio, você não pode matar o Buda Silencioso e você não pode impedir minha ação saudável de doar! Vamos ver qual determinação é mais forte!"
Então ele olhou de um lado para outro do poço furioso de fogo, e disse para o tranqüilo e gentil Iluminado, "Oh Buda Silencioso, faça com que a Luz da Verdade continue a brilhar como um exemplo para nós. Aceite este presente de vida!"
Assim dizendo, ele esqueceu completamente de si mesmo, e naquele instante não existia nenhum medo da morte. Assim, ele andou no poço em chamas, ele sentiu-se sendo erguido por uma formosa flor fresca de lótus. O pólen de desta flor milagrosa estendeu-se no ar, e o cobriu com sua brilhante cor de ouro. Em pé no coração da flor de lótus, o homem despejou a comida na tigela do Buda Silencioso. Mara, deus da morte, estava derrotado!

Em agradecimento a este presente maravilhoso, a Buda silencioso levantou suas mãos em bênção. O homem rico curvado em homenagem, juntou suas mãos acima de sua cabeça. Então o Buda Silencioso partiu de Benares, e foi para as florestas do Himalaia.
Ainda em pé na maravilhosa flor de lótus, brilhando com cor de ouro, o patrão generoso ensinou a seus seguidores. Ele disse a eles que a prática dos Cinco Passos de Treinamento é necessária para purificar a mente.
Ele disse a eles que aquele que tem mente pura, existe grande mérito dando esmola - isso é verdadeiramente o presente da vida!
Quando ele terminou o ensinamento, o poço ardente e a encantadora e fresca flor de lótus desapareceram completamente.
A moral é: Não tenhas nenhum medo de fazer ações benevolentes.


A tradução deste texto é uma preciosa colaboração de
Moacir Correias - e-mail orebeldedesp@bol.com.br  
Com ilustração de Sandro Neto Ribeiro contato@maisbelashistoriasbudistas.com
Referências  bibliográficas

PODER E VAIDADE/MOMENTO ESPÍRITA

Fala-se muito das misérias humanas. Fala-se, sobremaneira, da miséria econômica.

Mas, ao lado das misérias materiais há outras de maior gravidade, que são as misérias morais.


A vaidade é uma delas. Mistura-se a todas as ações humanas e mancha os pensamentos mais delicados. Penetra o coração e o cérebro.


Planta má, a vaidade abafa a bondade. Todas as qualidades são aniquiladas por seu veneno.


Faz com que os homens se esqueçam de Deus, que se constitui em socorro apenas implorado nos momentos de aflição, e jamais o Amigo convidado ao banquete da alegria.


A vaidade, por si só, se constitui em obstáculo ao progresso moral dos homens, mas quando está de mãos dadas com o poder, torna-se nefasta.


Nos tempos em que as estradas poeirentas da Galileia ainda eram marcadas pelas sandálias humildes do Sublime Galileu, um ensinamento singular ficou impresso na História, através de um diálogo do Cristo com um senador romano.


Jesus falou-lhe de humildade mas, aquele homem investido dos poderes e glórias transitórios, deixou-se arrebatar por uma onda de orgulho e questionava-se mentalmente:


Humildade? Que credenciais apresentava o profeta para lhe falar assim, a ele, senador do Império Romano, revestido de todos os poderes?


Lembrou a cidade dos Césares, coberta de triunfos e glórias, cujos monumentos acreditava, naquele momento, fossem imortais.


Jesus, conhecedor das Leis eternas e imutáveis que regem a vida, percebendo seus pensamentos, respondeu com serenidade e firmeza:


Todos os poderes do teu império são bem fracos e todas as suas riquezas bem miseráveis...


As magnificências dos Césares são ilusões efêmeras de um dia, porque todos os sábios, como todos os guerreiros, são chamados no momento oportuno aos tribunais da justiça de Meu Pai que está no Céu.


Um dia, deixarão de existir suas águias poderosas sob um punhado de cinzas misérrimas. Suas ciências se transformarão ao sopro dos esforços de outros trabalhadores mais dignos do progresso.


Suas leis injustas serão tragadas no abismo tenebroso desses séculos de impiedade, porque só uma Lei existe e sobreviverá aos escombros da inquietação do homem: A Lei do amor, instituída por Meu Pai, desde o princípio da Criação...


Nesses ditos de Jesus, há um singular ensinamento: a transitoriedade das ostentações humanas construídas sob os impositivos da vaidade.


E Jesus tinha razão. Dois milênios após, pouca coisa restou daquele Império tido como imortal. Restam hoje apenas algumas ruínas que o tempo se encarregará de extinguir.


Todavia, o tempo não logrará destruir os ensinamentos grandiosos legados à Humanidade pelos cidadãos romanos que se dedicaram a construir patrimônios imperecíveis, não sujeitos às leis da matéria.


* * *


Deus, antes de colocar a Humanidade sobre a face da Terra a enfeitou de belezas naturais, revestiu-a de todos os elementos e recursos necessários ao nosso bem-estar.


Para iluminar o dia, Ele nos deu o Sol, radiação gloriosa. E para clarear as noites salpicou-as de estrelas, como se fossem flores de ouro.


E nós, o que temos para ofertar a Deus, senão o nosso coração?


Mas, longe de enfeitá-lo com alegrias, virtudes e esperanças e permitir que Deus o penetre, só o fazemos quando o luto, as amarguras e decepções nos visitam e nos ferem.


Deixemos a vaidade de lado e ofertemos o nosso coração livre de dores.


Ofereçamo-lo a Deus como homens, de pé, e não como escravos, de joelhos. Lembremo-nos de Deus também nas horas de alegria e felicidade.


Redação do Momento Espírita com base no cap. V,

pt.1, do livro Há 2000 anos, pelo Espírito Emmanuel,
psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 2, ed. Fep.
Em 18.01.2010.

VOCABULÁRIO PARA NETOS/Do Livro - O homem que veio da sombra de Luiz Gonzaga Pinheiro.

Estava no computador, após ter visitado meus netos, Luiza, Letícia e Luan, e haver ensinado um pouco do dever de casa à primeira, quando me veio à cabeça a idéia de fazer um pequeno dicionário para que eles entendesseem mais profundamente, sem a formalidade das regras gramaticais ou amarras filosóficas, o significado de algumas palavras importantes na vida de qualquer pessoa.

Quem sabe um dia quando forem adolescentes e tiverem oportunidade de ler o que eu escrevi, procurem raciocinar sobre as palavras lá contidas, e amando-as, as deixem entrar e morar em seus corações.

Engraçado é que este exercício me levou a uma séria reflexão sobre a pobreza das palavras, notadamente quando queremos expressar nossos sentimentos.

O que sentimos é imensamente mais belo e rico, de mais profundidade do que aquilo que conseguimos grafar.

Parece que quanto mais simples somos em nossa comunicação, mas nos fazemos entender e mais tocamos a corda do sentimento de quem nos lê ou escuta.

Foi por causa dessa reflexão sobre a simplicidade das palavras em nossa comunicação, que introduzi o texto abaixo neste livro, convidando os leitores para que também meditem nas palavras que utilizam, principalmente no relacionamento com quem ama.

Meu guia espiritual, Francisco, me advertiu de que trataríamos de um drama muito sofrido. Que começasse pela ternura. Portanto, o texto é também uma tentativa de preparar o leitor para as dores que serão narradas.

O texto a seguir, foi retirado do livro "O homem que veio da sombra".

Adeus: é quando o coração que parte deixa a metade com quem fica.

Amigo: é alguém que fica para ajudar quando todo mundo se afasta.

Amor ao próximo: é quando o estranho passa a ser o amigo que ainda não abraçamos.

Caridade: é quando a gente está com fome, só tem uma bolacha e reparte.

Carinho: é quando a gente não encontra nenhuma palavra para expressar o que sente e fala com as mãos, colocando o afago em cada dedo.

Ciúme: é quando o coração fica apertado porque não confia em si mesmo.

Cordialidade: é quando amamos muito uma pessoa e tratamos todo mundo da maneira que a tratamos.

Doutrinação: é quando a gente conversa com o Espírito colocando o coração em cada palavra.

Entendimento: é quando um velhinho caminha devagar na nossa frente e a gente estando apressado não reclama.

Evangelho: é um livro que só se lê bem com o coração.

Evolução: é quando a gente está lá na frente e sente vontade de buscar quem ficou para trás.

Fé: é quando a gente diz que vai escalar um Everest e o coração já o considera feito.

Filhos: é quando Deus entrega uma jóia em nossa mão e recomenda cuidá-la.

Fome: é quando o estômago manda um pedido para a boca e ela silencia.

Inimizade: é quando a gente empurra a linha do afeto para bem distante.

Inveja: é quando a gente ainda não descobriu que pode ser mais e melhor do que o outro.

Lágrima: é quando o coração pede aos olhos que falem por ele.

Lealdade: é quando a gente prefere morrer que trair a quem ama.

Mágoa: é um espinho que a gente coloca no coração e se esquece de retirar.

Maldade: é quando arrancamos as asas do anjo que deveríamos ser.

Mediunidade com Jesus: é quando a gente serve de instrumento em uma comunicação mediúnica e a música tocada parece um noturno de Chopin.

Morte: quer dizer viagem, transferência ou, qualquer coisa, com cheiro de eternidade.

Netos: é quando Deus tem pena dos avós e manda anjos para alegrá-los.

Obsessor: é quando o Espírito adoece, manda embora a compaixão e convida a vingança para morar com ele.

Ódio: é quando plantamos trigo o ano todo e estando os pendões maduros a gente queima tudo em um dia.

Orgulho: é quando a gente é uma formiga e quer convencer os outros de que é um elefante.

Paz: é o prêmio de quem cumpre honestamente o dever.

Perdão: é uma alegria que a gente se dá e que pensava que jamais a teria.

Perfume: é quando mesmo de olhos fechados a gente reconhece quem no faz feliz.

Pessimismo: é quando a gente perde a capacidade de ver em cores.

Preguiça: é quando entra vírus na coragem e ela adoece.

Raiva: é quando colocamos uma muralha no caminho da paz.

Reencarnação: é quando a gente volta para o corpo, esquecido do que fez, para se lembrar do que ainda não fez.

Saudade: é estando longe, sentir vontade de voar, e estando perto, querer parar o tempo.

Sexo: é quando a gente ama tanto que tem vontade de morar dentro do outro.

Simplicidade: é o comportamento de quem começa a ser sábio.

Sinceridade: é quando nos expressamos como se o outro estivesse do outro lado do espelho.

Solidão: é quando estamos cercado por pessoas, mas o coração não vê ninguém por perto.

Supérfluo: é quando a nossa sede precisa de um gole de água e a gente pede um rio inteiro.

Ternura: é quando alguém nos olha e os olhos brilham como duas estrelas.

Vaidade: é quando a gente abdica da nossa essência por outra, geralmente pior.

Do Livro - O homem que veio da sombra de Luiz Gonzaga Pinheiro.

DOIS ANDARES ABAIXO DO MEU...


Eu nunca tinha ouvido falar dela.
Vivo neste edifício de 70 apartamentos há alguns anos.
A maioria dos moradores só encontro na reunião de condomínio.
Há o velho que toma sol pela manhã e que me cumprimenta sorridente porque lá em casa a gente se dá tchau na janela quando alguém sai.
Ele acha curiosíssimo e acompanha o ritual enternecido.
Há as mulheres que passeiam com os cachorros, e as que fiscalizam o crescimento das roseiras do jardim.
Existe a vizinha que sempre tenta me vender produtos de beleza.
E o Pedrão, um aumentativo irônico para um cachorro tão pequeno, tão desmilinguido e cego pela idade, que sobe e desce o elevador comigo, protegendo com olhos erráticos um dono que é quase um gigante.
Há o vizinho de passo marcial que não cumprimenta ninguém.
E ela, que morava lá havia uma eternidade, mas a quem eu nunca vira.

Numa tarde vêm o chaveiro, os bombeiros e a polícia. Arrombam a porta do apartamento.
E somos todos lançados para dentro de uma paisagem muito semelhante à nossa, mas que era dela.
As histórias de sua vida me alcançam aos farrapos.
Aos 82 anos ela vivia só.
Tinha sido médica, com consultório no centro de São Paulo. Era uma mulher independente, que veio do interior para vencer na cidade grande quando as mulheres de sua geração apenas recolhiam os passos até a casa do marido. Viajou o mundo, falava várias línguas, expressas nos livros espalhados pela casa.
Não sei de seus amores, ninguém ali sabe.
De repente, ela descobriu-se só.
Não queria morrer, só não sabia como seguir vivendo. Resistiu viva – morrendo.

Há dois anos ela estacionou sua Brasília vermelha meticulosamente limpa e bem conservada numa vaga tamanho G. E nunca mais a tirou de lá.
Poderia ter sido um sinal, mas um sinal só se torna um sinal se for decodificado.
Este gerou apenas uma multa do condomínio.
O carro deveria estar numa vaga M. Talvez P. Há pouco mais de um ano ela deixou de pagar a conta do condomínio. O acúmulo da dívida virou um processo judicial e uma primeira audiência a qual ela não compareceu.
Outra pista não decifrada.

A vizinha do lado percebeu que ela não mais saía de casa. Insistiu com o síndico, com o zelador, algo estava errado. Ela nem atendia mais a porta, e um cheiro novo se impregnava no corredor.
Mas a lei não escrita da cidade grande determina não perturbar a privacidade de ninguém.
Cada um é uma ilha – ou um apartamento.
Proprietário-indivíduo de seu número de metros quadrados aéreos no mundo.
Os funcionários do condomínio devem avisar pelo interfone quando vão entregar uma correspondência que precisa ser assinada porque, do contrário, muitos moradores sequer abrem a porta.
E ela era conhecida como “a doutora”, o título um abismo que ela e tantos se esforçam para cavar.
Ninguém ousou perguntar se algo diferente, algo pior, estava acontecendo com ela.

Naquela tarde a conhecida de uma associação onde ela trabalhava como voluntária veio procurá-la, preocupada com seu sumiço.
Ela então conseguiu se arrastar e sussurrar que não tinha forças para abrir a porta.
Quando a porta caiu, e os fossos foram transpostos, descobriu-se que havia dois meses ela vivia no escuro, à luz de velas primeiro, nada depois.
A energia elétrica tinha sido cortada por falta de pagamento. Há semanas ela não comia.
Já não podia andar.
A doutora estava morrendo de fome em meio a centenas de pessoas na cidade de milhões.
Em sua própria sujeira.
Num prédio de classe média de São Paulo, ela estava mais isolada que qualquer ribeirinho dos confins da Amazônia. Não queria que descobrissem que havia perdido o controle da sua vida.
E quando quis pedir ajuda, já não teve forças. Imagino quanto desespero sentia para conseguir romper as amarras de toda uma existência, se arrastar até a porta e admitir que não era mais capaz de abrir.
Foi levada ao hospital, onde agora briga para viver.

Ela morava dois andares abaixo do meu.
Quando eu soube, fiquei rememorando os últimos meses. Enquanto eu trabalhava, cozinhava, bebia vinho, tomava chimarrão, gargalhava, assistia a filmes, me emocionava com livros, me indignava com acontecimentos, conversava, namorava, sonhava, fazia planos, escrevia esta coluna e às vezes chorava, dois andares abaixo do meu, num espaço igual ao meu, uma mulher de 82 anos morria de fome nas trevas, em abissal solidão.

Enquanto eu ria, ela morria.
Enquanto eu comia, ela morria.
Enquanto eu sonhava, ela morria.
No escuro, ela morria no escuro enquanto eu abanava da janela, o velho sorria ao sol, uma vizinha tentava me vender um novo creme antirrugas e Pedrão rosnava cegamente no elevador sob o olhar terno de seu gigante.


Não consegui dormir por algumas noites porque me via arremessada ao outro lado da rua, tentando imaginar os enredos que se passavam atrás das cortinas daqueles outros 69 apartamentos.
Que vidas são aquelas, que dores se escondem, quais são os dramas que sou impotente para estancar?
Anos atrás, antes de eu morar no prédio, um homem se lançou pela janela e morreu estatelado na laje.
Como tantos o tempo todo.
Um soluço apavorante na rotina e depois o esquecimento. Como agora, nesse morrer sem sangue e sem alarde.

Numa fissura do tempo algo que não pode mais ser oculto se revela – revelando também o nosso medo.
Portas são derrubadas, cortinas rasgadas por um corpo que se lança para o nada, para nós.
E, talvez pior, por um corpo que se esconde até ser exposto pelo cheiro da decomposição ainda antes da morte, corroendo os muros de nossa privacidade protegida com tanto empenho.
Como a dela.

Depois precisamos esquecer para seguir vivendo.
Mas não consigo esquecer.
O que aconteceu com ela está acordado dentro de mim como um bicho.
Dentro de nós também há um condomínio onde portas se fecham, chaves se perdem e o suicida que nos habita se lança no vazio enquanto outros em nós se decompõem em vida pela morte dos dias que não acontecem.
Mergulho então, além dos dois que nos separavam, vários andares em mim.
E lembro-me de Mário Sá-Carneiro, escritor português: “Perdi-me dentro de mim porque eu era labirinto.
E hoje, quando me sinto, é com saudades de mim”.

Acredito que todos no prédio ficaram chocados, cada um à sua maneira.
Porque ninguém percebeu a tempestade logo ali.
Porque tudo se passou enquanto no avesso de cada janela tentávamos viver.
Mas também – e talvez principalmente por isso – porque a tragédia se desenrolou no mesmo cenário onde tecemos o enredo de nossos dias.
O apartamento dela é igual ao nosso.
Esta semelhança de condições e de arquitetura, de portas e de janelas, nos provoca um incômodo difícil de dissipar. Poderia ser nós a morrer de fome no escuro.
Mesmo com uma história diversa, lá no fundo cada um de nós sabe que a solidão nos espreita.
Que não estamos tão protegidos como gostaríamos.
Seria mais fácil afastar nosso horror se fosse um assassino, uma morte por ciúme, uma violência cometida por um psicopata. Isto está sempre mais longe.
Mas não.
A doutora morria logo ali por solidão.
E isto está bem perto.

Ela não viveu uma vida à toa.
Ou uma vida egoísta.
Ela apenas viveu mais tempo do que a maioria de seus amigos, que deve ter sepultado um a um.
Mais tempo que os pacientes que tantas vezes salvou, e então o consultório ficou vazio.
Ela tinha bens que poderia ter vendido quando ficou restrita a uma renda que não lhe permitia manter o padrão.
Mas não tinha mais saúde para fazer o que era preciso. Com o tempo, não conseguia mais nem caminhar até o banco para buscar o dinheiro da aposentadoria ou pagar a conta de luz ou qualquer outra.
Lentamente os fios de sua vida foram lhe escapando das mãos.
E, no fim, quando percebeu que precisava romper o pudor cimentado nela e pedir ajuda, já não era capaz de andar pela casa para abrir a porta da rua e escancarar sua miséria.
A doutora não queria morrer, só não tinha forças para viver neste mundo.

Por um tempo fiquei acordada pelas madrugadas, dormindo nas auroras, aterrorizada com as vidas desconhecidas abaixo e acima de mim, com os socorros que eu não sabia que precisava prestar, com o monstro de olhos abertos em mim.
Devagar, comecei a pensar nas minhas escolhas.
E agora tento aprender a amar melhor, para além das paredes de meus metros quadrados de mundo, mais iguais às dela do que eu e todos gostaríamos.

ELIANE BRUM
Texto Retirado do Perfil de

Andrea Nunes

DO SITE  KARDEC ON LINE