Amuada-1882/Rodolfo Amuedo



pesquisa no site http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2011/12/26/pintura-amuada-1882-419961.asp



É polêmica a naturalidade de Rodolfo Amoedo. Há quem diga que ele é natural do Rio de Janeiro, outros que nasceu em Salvador, Bahia, no ano de 1857. O fato inconteste é que ele passou sua primeira infância na Bahia e foi de lá que veio para o Rio de Janeiro, em 1868, para estudar na Academia Imperial de Belas Artes -Ajba, onde tem aulas com Vitor Meirelles e Zeferino da Costa, entre outros.

Em 1879, ganha o Prêmio de Viagem à Europa, num concurso que contou também com a participação de Henrique Bernardelli. Em Paris, matricula-se na Académie Julian e na Escola Superior de Belas Artes.

Em 1887 retorna ao Brasil e expõe pela primeira vez no Rio de Janeiro, em 1888. É nomeado professor honorário da Ajba e leciona Pintura Histórica. Tem, entre seus alunos, Eliseu Visconti, Baptista da Costa, Cândido Portinari e Eugênio Latour.

Em 1893 é nomeado vice-diretor da escola que, proclamada a República, passa a se chamar, como até hoje, Escola Nacional de Belas Artes – ENBA; em 1931 é alçado à condição de professor catedrático honoris causa.

Quando estudante em Paris, entra em contacto com os grandes clássicos, frequentando, como todo estudante de pintura, os inúmeros museus para aprender a desenhar copiando. Em Paris ele aprende a dar a importância que o desenho tem e a pintar de modo meticuloso, detalhista. Toda sua obra ficará impregnada dessas características.

Foi lá também que aprendeu a usar cores discretas e a pintar os temas tradicionais da academia: históricos, bíblicos, retratos. Sua criatividade faz com que ele dê novas interpretações a esses temas, o que comprovou seu talento. São dessa fase algumas das telas que mostraremos aqui durante esta semana.

Iniciamos hoje com “Amuada”, óleo sobre tela, de 1882, pintado em Paris. Nela vemos uma jovem com ar aborrecido, e mesmo de perfil, podemos sentir toda sua melancolia. Dimensões: 72,8 x 48,6 cm



Acervo Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro
Fontes: História da pintura brasileira no século XIX, de Quirino Campofiorito


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